O preconceito pode ocorrer para com uma pessoa ou um grupo de pessoas de determinada raça, etnia, sexualidade, gênero, identidade de gênero, sexo, crenças, religião, valores, afiliação política ou esportiva, linguagem ou dialeto, nacionalidade, ocupação, classe social, educação, gosto musical, idade, deficiência, beleza, criminalidade, apoio a uma equipa desportiva, gênero musical ou outras características pessoais. Neste caso, refere-se a uma avaliação positiva ou negativa de outra pessoa baseada na percepção da associação de grupo dessa pessoa.[5]
A palavra "preconceito" também pode se referir a crenças infundadas ou arranjadas, e pode se aplicar a "qualquer atitude irracional que seja extraordinariamente resistente à influência racional". Gordon Allport definiu preconceito como um "sentimento, favorável ou não, para com alguém ou algo anterior a, ou não baseada na verdadeira experiência".[6] Auestad (2015) define preconceito como caracterizado pela transferência simbólica, transferência de um conteúdo de significado carregado de valor a uma categoria formada socialmente e então a indivíduos que são considerados pertencentes a tal categoria, resistência a mudança e sobregeneralização.[7]
Preconceito
Ações como essas são extremamente importantes, pois todos sabemos que episódios de preconceito (motivados em sua grande maioria pelo ódio) já proporcionaram lamentáveis fatos históricos, desde o período da escravidão até a xenofobia nos tempos atuais.
Por ser um assunto atual e presente no dia a dia da população, há grandes chances de cair no Enem algo relacionado ao preconceito, por exemplo: preconceito estético; preconceito e discriminação social; preconceito de gênero; preconceito religioso, etc.
O preconceito é um julgamento formado antecipadamente, caracterizado principalmente por não ter lógica ou fundamento crítico. Geralmente, ele é expresso por meio de atitudes discriminatórias, para com outras pessoas, tendências de comportamento, crenças e sentimentos.
Em outras palavras, o significado de preconceito é um juízo pré-concebido, oriundo de pessoas que se limitam a enxergar o mundo único e exclusivamente de acordo com seu próprio ponto de vista (equivocado e distorcido).
Além de todos esses problemas, existe outro ainda pior, pois, em sua grande maioria, o preconceito é externalizado acompanhado de hostilidade e ódio. Por isso a necessidade de se aprofundar a discussão acerca do tema, com intuito de identificá-lo com mais facilidade e combatê-lo cotidianamente.
Para alcançar uma sociedade sem preconceito é preciso expor e saber identificar quais os tipos de preconceito existentes no mundo. Abaixo você verá a explicação de cada um deles:
O preconceito racial (racismo ou preconceito de raça) é qualquer manifestação que menospreza uma cultura ou etnia, considerando-a menos capaz, inferior e digna de discriminação.
O preconceito racial é um dos juízos pré-concebidos mais antigos do mundo, sua existência já é relatada há vários anos e suas consequências já foram diagnosticadas em diferentes períodos históricos.
As religiões que historicamente mais sofrem preconceito no Brasil são as de matrizes africanas, como candomblé, umbanda e xamanismo. É importante pautar também que o ódio e o menosprezo contra o ateísmo (doutrina que nega a existência de um Deus) são igualmente considerados como preconceito religioso, uma vez que há discriminação originada pela crença humana, seja ela qual for.
O preconceito cultural é todo e qualquer tipo de expressão que visa menosprezar algum elemento característico de um povo (citados acima). Nesse contexto, dois exemplos clássicos de discussões sobre as diferenças culturais, e que inevitavelmente dão origem ao processo de preconceito cultural, são o etnocentrismo e a xenofobia.
A existência de luta entre classes faz parte de praticamente todos os períodos históricos da humanidade, sendo a aguda desigualdade social muitas vezes a grande responsável por impulsionar os embates. Dessa forma, o preconceito social está associado ao padrão de vida e poder aquisitivo de um indivíduo, dividindo a população entre ricos e pobres.
Desse modo, uma pessoa pode ser alvo desse tipo de preconceito de acordo com a posição social em que ela se encaixa, recebendo seu pré-julgamento devido a uma escala social de superioridade e inferioridade.
Cabe destacar que o preconceito social é um dos temas mais discutidos no mundo globalizado, já que ele constantemente origina conflitos regionais e alimenta a eterna briga de classes.
A intolerância e o preconceito estético estão relacionados com a discriminação de pessoas que a princípio não se encaixam num padrão de beleza pré-estabelecido pela própria sociedade.
Não há problema algum nessas variações; pelo contrário, elas enriquecem a cultura de um povo. Entretanto, o preconceito linguístico surge justamente quando uma pessoa é discriminada apenas pelo seu sotaque, ou por cometer erros de português devido à baixa escolaridade.
Como descrito e exemplificado acima, existem sim vários tipos de preconceito no Brasil e, entre esses exemplos, podemos considerar o preconceito racial no Brasil como a intolerância mais presente, impactante e grave, uma vez que o indivíduo pode ser preso pela prática de racismo em nosso país.
Dessa forma, mesmo com a conscientização da população acerca do debate dos tipos de preconceito, ainda hoje lamentavelmente é possível presenciar cenas de intolerância no Brasil. Porém, é interessante destacar os avanços já conquistados, mesmo que a situação ainda esteja longe do cenário ideal.
Nesse viés de temas para redação sobre preconceito, existem vários tipos de abordagem que o Enem pode cobrar do aluno, mesclando a modalidade de preconceito e as suas consequências para a sociedade.
Portanto, é fácil perceber o quão prejudicial praticar o preconceito (seja qual for o seu tipo) é para a sociedade. Isso é facilmente comprovado, por exemplo, quando analisamos os efeitos do nazismo e a escravidão negra na África.
Nós do Grupo de Pesquisa Preconceito, Vulnerabilidade e Processos Psicossociais (PVPP/PUCRS), enfatizamos estudos sobre a psicologia do preconceito, sobretudo nos modelos da cognição social e do minority stress, e sua relação com processos psicossociais como educação e saúde. Além disso, visamos produzir e avaliar intervenções para a mudança de atitudes como a redução do preconceito e acesso à saúde. Por fim, visamos estudar de que forma a discriminação afeta os processos de saúde e adoecimento, especialmente saúde mental e infecções sexualmente transmissíveis.
Os temas de pesquisa e intervenção são: estudos sobre populações em vulnerabilidade considerando diversos marcadores como gênero, identidade de gênero, orientação sexual, raça/cor/etnia, status migratório, classe social, entre outros; avaliação do preconceito e da discriminação; desenvolvimento de instrumentos; revisões sistemáticas; estudos epistemológicos e históricos; e emprego de técnicas experimentais em psicologia social e saúde, com o uso de vinhetas.
Esta linha congrega projetos que tem por objetivo desenvolver instrumento e estratégias de avaliação de atitudes nos campos do estigma e do preconceito (incluindo estereótipos) e, também, psicologia política (autoritarismo, dominância social), o ponto de vista de quem manifesta esta atitudes. Além disso, reúne estudos que avaliam o impacto de atitudes sociais (estigma, discriminação, preconceito e assédio) em seus alvos em contextos laborais e educacionais. Os projetos desta linha estão no campo da psicometria, estudos transversais do tipo levantamento em grupos populacionais específicos ou instituições e estudos qualitativos.
Durante o VII Encontro Ibero-Americano de Magistradas Eleitorais que teve início nesta quinta-feira (17) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia Antunes Rocha fez um discurso sobre o preconceito sofrido pelas mulheres em toda a sociedade. Ela foi a primeira mulher a comandar a Justiça Eleitoral brasileira, presidindo o TSE entre 2012 e 2013.
Mato Grosso detém as maiores taxas de detecção de hanseníase do país e, por esse motivo, é reconhecido como hiperendêmico. Para enfrentar essa realidade, além do trabalho em prol do diagnóstico precoce, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) avalia que o preconceito é um dos obstáculos na luta contra a doença.
Na expectativa pelo fim do preconceito, o professor do Instituto Lauro de Souza Lima e médico consultor da ONG AAL Institute, Jaison Barreto, lamenta que a discriminação também esteja entre os profissionais da saúde.
Para Eugenia Portela de Siqueira Marques, docente da faculdade de Educação da Universidade Federal da Grande Dourados, muitas vezes, os preconceitos são reflexos de comportamentos e falas que as crianças testemunham em suas próprias famílias e outros ambientes de convívio.
Ela ressalta ainda que a formação inicial dos docentes é vital para que eles cheguem às escolas cuidadosos sobre o comportamento dos alunos. Contudo, há ainda uma grande parcela de professores que não tiveram discussões sobre racismo, discriminações e preconceito na formação inicial e carecem de formação continuada no assunto.
A maioria das pessoas já têm o conhecimento de que o HIV não tem preferência por um grupo social específico, estando todos vulneráveis à infecção. Contudo, ainda existe um grande preconceito com os indivíduos que vivem com o HIV, levando-os anão se sentir confortáveis para falar sobre sua soropositividade. 2ff7e9595c
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